31.1.11

A Dog Year

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A Dog Year é um filme baseado em um livro de mesmo nome. Não sei os detalhes sobre o livro porque, pra falar a verdade, eu nem sequer sabia que era um livro e baixei o filme pensando que ia ser aqueles que a gente olha e já nem quer mais saber. Achei mesmo que ele seria merecedor de um espacinho na minha Lixeira. 

Mas, veja só como é a vida, não é que é bom? Melhor - em muitos níveis e sentidos - que Marley & Eu.
O filme trata da história verídica de um escritor com problemas com a mulher, com dois labradores já idosos, uma filha na faculdade e um contrato a ser cumprido. 
Ele precisava escrever aquele livro, se não seria processado, mas as idéias não vinham.
Então ele adota esse Border Collie resgatado. O cão assustado, no mesmo dia em que é enviado ao escritor, foge aeroporto afora, com o presente dono atrás. Ele rosna e late, mas é pego. Todos aplaudem - um pouquinho de drama nessa parte. 

Ele leva o cão na veterinária dos labradores dele, que percebe que o cão abandonado além de trauma de seres humanos, também tem uma doença de pele nojentinha. Ele fedia e tinha caspas. Foi pro banho pra tratar a tal seborréia. 
Já em casa o cão é um atentado. Abre a geladeira pra roubar comida! Sobe estante pra comer ração. Foge todo dia pelo bairro, assustando a vizinhança que insiste pro cara devolvê-lo dizendo que ele é bravo, ele sobe num carro, avança num cachorro, corre pelo pátio durante horas. 



O escritor, sendo escritor, pega vários livros sobre a raça e faz um estudo profundo sobre ela e acaba indo parar numa fazenda que ele aluga, só pelo cachorro. Faz um cercadinho pequeno, pra ele correr à vontade sem sair por aí perdido pela cidade. Fica sem telefone, sem uma torneira que preste, a fazenda caindo aos pedaços... Evita contato com os vizinhos, ele pretendia ficar lá só até o cão melhorar o temperamento pra voltar pra cidade. Então ele consegue o contato de uma senhora que dá aulas de pastoreio pra cães. Ela dá um sermão nele, diz que o perdido é ele e não o cão. 
Que o cão é um reflexo dele, ou algo assim.

No final, ele pede pro vizinho arrumar a casa, decide comprá-la e se mudar com a família. Tudo pelo Davon, o Border Collie atentado adotado abruptamente; o cão que todos mandavam se livrar porque seria mais fácil. Nesse meio tempo vem a idéia de escrever o livro, e ele escreve durante o dia todo. Quando se dá por conta, cadê o Davon?
Ele chamou desesperado, a porta de casa aberta. E foi atrás, parando no pátio, procurando aos redores. Quando vê, o Davon aparece atrás dele, sem entender bem o porquê da gritaria. 

Lembra alguém?



Não?



Xira fugia e não foge mais. Xira abria a porta pra sair e se jogava contra ela quando não conseguia, comportamento que eu nunca mais vi ocorrer. Eu e meu irmão, às vezes até meu pai, saíamos dia/noite/madrugada adentro procurando e chamando por ela com a guia na mão, esperançosos. Xira avançava demais nos outros cachorros, o bairro todo odeia ela. 
Só falta eu comprar a fazendinha. 

É um bom filme sobre cachorro.

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